É muito comum ouvirmos que os erros são oportunidade de aprendizado. Pensando nisso, faz sentido colocarmos a criança no cantinho do pensamento quando ela comete um erro?
Qual a diferença entre cantinho do pensamento e cantinho da calma?
Quantas vezes já aconteceu de você colocar a criança no cantinho do pensamento e, depois de certo tempo, perguntar a ela se sabe o por quê estava de castigo e a criança responde algo totalmente diferente do motivo que a levou até lá?
Isso acontece principalmente com as crianças menores, porque elas não têm ainda o sistema cognitivo desenvolvido para associar situações abstratas, ou seja, elas não têm maturidade neurológica para assimilar o que fizeram de errado e refletir sobre uma forma de agir diferente.
Mas e o cantinho da calma?
O cantinho da calma é escolhido pela criança como um lugar para se acalmar, extravasar o sentimento e regular as emoções. É como quando nós, adultos, saímos para “respirar” quando queremos evitar uma discussão.
No cantinho da calma, a criança não precisa necessariamente ficar sozinha, o adulto pode ficar com ela, colocar uma música, acolher ou fazer qualquer outra coisa que ajude a criança regular suas emoções. O que não significa que o adulto irá aprovar a atitude da criança ou ceder às birras e, sim, após passado o furacão, explicar para a criança qual foi o erro cometido e ajudá-la, conduzi-la a encontrar uma forma de não repetir tal atitude.
Existem várias formas de ensinar a criança usar o cantinho da calma com autonomia, uma delas e a mais eficiente, é sendo exemplo. Sair de cena antes de perder a paciência, depois retornar e explicar para criança como você se sentiu e o porquê se afastou ajuda a criança a entender como as pessoas agem de forma saudável quando se sentem com raiva, frustradas ou chateadas.
A principal diferença entre os dois, independente do nome que você use, é a intenção. Se o objetivo é punir a criança, você despertará nela sentimentos de injustiça, raiva, baixa autoestima, carência entre outros associados a uma sensação de não ser boa o suficiente ou não ser amada. Agora, se a intenção é ensinar a criança a acalmar para não agir no impulso, ela terá a autenticidade preservada, estará mais disposta a colaborar e buscar soluções em conjunto.
Qual dos dois você já usou?